Empresas familiares são maioria. Negócios fundados e geridos por familiares, mas que não por isso precisam necessariamente ser pequenos. Nas empresas familiares, a sucessão dos fundadores é uma questão relevante e se torna crítica quando os herdeiros não desejam ou não tem capacidade de assumir a condução dos negócios. Nesta fase, procurar alternativas de sucessão é uma missão importante para assegurar a continuidade do negócio.
Especialmente em empresa familiares, a venda do negócio pode ser motivada pela estratégia de sucessão dos sócios dirigentes. Nestes casos, geralmente a venda é de uma fatia majoritária ou total do capital da empresa, de modo que se busca a perpetuidade do negócio transferindo a sua administração a terceiros.
Quando a família vende toda a empresa, se desvincula do negócio e ganha liquidez para o seu patrimônio, ou seja, pode utilizar os recursos da venda para realizar outros investimentos, seja em imoveis, no mercado financeiro ou em outras empresas. Pode inclusive diversificar os investimentos que antes eram concentrados em uma única empresa. O patrimônio da família pode ser partilhado entre os membros ou se manter concentrado em um Family office que vai gerenciar estes investimentos.
Outra alternativa é vender apenas uma parte do negócio, trazer um sócio majoritário que passará a gerir o negócio, mas manter uma fatia minoritária da empresa na família e seguir colhendo os frutos e recebendo os resultados.
A venda da empresa familiar pode ter diferentes formatos e características particulares para acomodar os desejos da família, não há uma regra que se aplique a todos os casos. O segredo está em encontrar um comprador que faça sentido e construir uma operação que faça jus ao legado que a família construiu.
Tássia Warken